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Diário de Viagem Arquitetônica: Curitiba e Morretes

Entre os dias 27 e 29 de junho, o Caminhos da Arquitetura realizou mais uma de suas vivências arquitetônicas — desta vez, em Curitiba, cidade reconhecida por seu planejamento urbano exemplar, seus ícones arquitetônicos e seu olhar para o futuro. Levamos um grupo de 44 profissionais da arquitetura para explorar, aprender e se inspirar em cada detalhe construído.


Chegamos logo pela manhã e fomos calorosamente recepcionados na loja Andra, nossa parceira de viagens. O café junino cuidadosamente preparado para o grupo foi mais do que uma recepção: foi um convite ao diálogo, ao networking e ao fortalecimento das parcerias entre especificadores e lojistas. A loja conta com um espaço exclusivo para atender arquitetos, favorecendo um atendimento técnico e personalizado que faz toda a diferença no relacionamento profissional. Um agradecimento especial à Eliane Vieira, que tem sido essencial para consolidar essa ponte entre os profissionais e a Andra. Relações assim são fundamentais para tornar o trabalho arquitetônico mais colaborativo, eficiente e alinhado com os clientes.


Após esse momento de conexão, seguimos para o centro histórico de Curitiba. Lá, caminhamos até o Palácio Avenida, famoso pelas apresentações natalinas em que as crianças cantam nas janelas — um espetáculo urbano que transforma a arquitetura em palco e a cidade em plateia, reforçando o valor do patrimônio como espaço de convivência e memória coletiva.

Dali, seguimos rumo ao Paço da Liberdade. Esse edifício de 1916, tombado pelo Patrimônio Histórico, foi um dia a sede da Prefeitura de Curitiba. Sua restauração, liderada pelo SESC e transformada em centro cultural em 2009, é um exemplo notável de reuso adaptativo: respeita o valor histórico do bem, mas o atualiza com novas funções, mantendo-o vivo no cotidiano da cidade.


Visitamos também o Memorial de Curitiba, um espaço de linguagem mais contemporânea, concebido para abrigar atividades culturais múltiplas. Seu projeto dialoga com o entorno histórico ao mesmo tempo em que afirma a capacidade da cidade de inovar e oferecer cenários versáteis para arte, memória e encontro.

Após o check-in no hotel, encerramos o dia no Jardim Botânico, um dos ícones mais fotografados de Curitiba. Assistir ao pôr do sol ali foi uma experiência de arrepiar: o sol refletindo nos vidros da estufa transformou o cenário em um espetáculo de luz e arquitetura, como se o dia nos esperasse para se despedir com grandeza. Foi um momento de contemplação e gratidão, compartilhado com pessoas queridas, que deu lugar a uma noite repleta de risos e surpresas.


E, claro, visitamos a CASACOR Paraná — uma mostra que se diferencia de todas as demais. Para nós, arquitetos, a CASACOR não é apenas uma exposição de ambientes bonitos: é um verdadeiro laboratório de tendências, inovação e experimentação técnica. Em Curitiba, a mostra costuma trazer uma leitura muito particular dos desafios urbanos e das soluções para habitar com qualidade. Ambientes assinados por profissionais locais e regionais apresentam soluções criativas para layouts compactos, integração com a paisagem, uso de materiais naturais e tecnologias construtivas de ponta. A CASACOR Paraná é também uma vitrine para o design autoral, para as parcerias entre arquitetos e fornecedores e para reflexões sobre sustentabilidade, conforto e personalização. Visitar a mostra é, portanto, um ato de estudo e atualização — um mergulho no presente e no futuro do morar.


Na manhã seguinte, acordamos bem cedo — afinal, o trem não espera! Nosso destino era um dos passeios mais célebres e encantadores do Paraná: a viagem de trem até Morretes. Uma ferrovia histórica que, por si só, é uma obra de engenharia e arquitetura do território. Construída no século XIX, a Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá é um marco da engenharia brasileira: são túneis escavados em rocha, viadutos imponentes, curvas dramáticas e vistas de Mata Atlântica praticamente intocada. Um trajeto que revela como o conhecimento técnico pode dialogar com o relevo, a vegetação e o clima — um verdadeiro testemunho de integração entre infraestrutura e paisagem.


A cada quilômetro percorrido, o grupo se encantava com as pontes metálicas, os paredões de pedra cobertos de musgo e o jogo de luz e sombra da floresta úmida — uma aula viva de como a natureza e a intervenção humana podem coexistir em equilíbrio.

Ao chegar em Morretes, fomos recebidos por uma cidade que guarda o charme colonial em suas ruas de pedra, casarões com telhados cerâmicos, portas coloridas e sacadas adornadas por treliças de madeira. O traçado urbano simples, ladeado pelo rio Nhundiaquara, remete ao período de ocupação luso-brasileira, com proporções humanas e fachadas que respiram história. Morretes é um convite a diminuir o ritmo, a contemplar os detalhes construtivos, a refletir sobre as camadas de memória que cada edificação carrega.

Ali, saboreamos o tradicional barreado, um prato típico preparado lentamente em panelas de barro vedadas, cuja técnica lembra a tradição portuguesa de cozidos longos e comunitários. Comer o barreado em Morretes é mais do que uma refeição: é experimentar a cultura local, vivenciar a hospitalidade paranaense e entender como a gastronomia também é patrimônio.


Antes de partirmos, celebramos juntos — um brinde ao sucesso que foi essa vivência. Mais do que viajar, o Caminhos da Arquitetura é sobre encontros. É sobre se descobrir, se reencontrar e voltar com as malas ainda mais cheias — não apenas de souvenirs, mas de memórias, amizades e um pouco de saudades.

Você também é nosso convidado para viver essa experiência, querido leitor. Seja qual for sua área de atuação, venha conosco descobrir cidades, estilos e histórias que moldam o mundo construído. Nossa próxima vivência será em Petrópolis, explorando a Arquitetura Imperial. Será um prazer ter você conosco.


Gostaríamos ainda de deixar registrado nosso agradecimento especial aos parceiros que tornaram essa vivência possível e ainda mais rica:

Associação de Engenheiros e Arquitetos de São José dos Campos, pela confiança e pelo apoio na mobilização dos profissionais;

Andra Materiais Elétricos e Iluminação, por nos receber de forma tão calorosa e inspiradora em seu espaço;

Usina Design e Iluminação, Bella Esquadrias, Dangelus Movelaria e JK Vidros Distribuidora, por acreditarem conosco no valor da experiência, da parceria e do conhecimento compartilhado.

Parceiros assim não apenas apoiam uma viagem: ajudam a construir pontes entre ideias, profissionais e possibilidades. Nosso muito obrigado por fazerem parte dessa história.

 

Seja sempre bem-vindo à família Caminhos da Arquitetura.



 
 
 

3 Comments

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Adriel Firmino
Adriel Firmino
há 4 dias
Rated 5 out of 5 stars.

Em cada vivência uma nova amizade, nova história, novas parcerias

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Eliane Vieira
há 5 dias
Rated 5 out of 5 stars.

Mais uma viagem incrível com esse grupo que nos proporciona vivências únicas e experiências que ficarão para sempre marcadas em nossos corações.

O Caminhos da Arquitetura vai muito além do aspecto profissional. E fala sobre pessoas, cuidado, amor e dedicação. Tudo é feito com tanta excelência que nos surpreende a cada novo destino.


Fico imensamente feliz em acompanhar a evolução de vocês e tenho certeza de que muitos frutos ainda virão com o resultado de tanta entrega. 🌍💛


#BoraViajarComCaminhosdaArquitetura

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Marcelo Guedes
há 6 dias
Rated 5 out of 5 stars.

Vivemos uma experiencia incrivel com nossos viajantes em Curitiba. Foi muito bom 😍😍😍

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